Trabalhamos com Sistema de Pressurização de Escadas, Exaustão de
Churrasqueiras, Exaustão de Lareiras, Dutos de chapa galvanizada, dutos de
aluminio, dutos de chapa preta, dutos de EPU, sistema de ar condicionado
para centros cirurgicos, centrais de alarme de incendio, ventilação e
Exaustão.
Muitos condomínios, em prédios antigos, preocupados em dar uma roupagem
moderna e nobre à construção - alem, é claro, de buscar uma manutenção mais
fácil das fachadas - acabam por ceder à tentação de trocar o revestimento
original (quase sempre argamassas "raspadas" ou rebocos pintados,
apresentando trincas, algumas infiltrações, colônias de fungos ou musgos e
deposições de poeira) pelo "pastilhamento" geral. O assunto tem gerado
intensa discussão, no meio técnico, merecendo abordagem que envolve
bom-senso, ética profissional e muita cautela:
A refletividade
Qualquer um pode perceber a diferença, entre cores escuras e claras, sob
ação do sol. Basta lembrar simples experiências com automóveis, ou roupas,
longamente expostos à insolação: cores escuras absorvem calor, enquanto que
cores mais claras, refletindo a luz, aquecem menos. Com os revestimentos
externos, sucede exatamente o mesmo: o prédio, ao absorver calor, sofrerá
mais fissuras e, com elas, maior absorção de chuvas. Assim, eis o segundo
cuidado, no caminho até o "pastilhamento": superfícies externas, nas faces
voltadas para leste, norte e oeste,devem ser predominantemente claras.
A outra hipótese
Antes de prosseguir, o condomínio deveria verificar
a idade do revestimento "velho" (comumente sujo e feio) e se nele existem
focos, de infiltração, umedecendo as faces internas das paredes. Se tais
focos não existem (ou, se são discretos), seria legítimo considerar a
possibilidade de uma reforma que "não mexa no time que está ganhando"; ou
seja : admitir a hipótese de uma restauração externa que preserve a "ampla
porosidade" do revestimento e, pelo menos, a mesma longevidade. É fácil
entender a razão deste conselho: fachadas funcionam como toalhas, que
precisam secar após o banho; as donas-de-casa sabem muito bem o que acontece
a uma toalha úmida, no varal, se sobre ela for colocada manta, de plástico,
ainda que fartamente perfurada: secará apenas pelos orifícios (ficando com
"cheiro de vira-latas na chuva"..) Revestimentos externos mais antigos
(argamassas + pintura) umedecem segundo todos os poros e secam, uniforme e
rapidamente, pelos mesmos orifícios. Em fachadas cobertas com cerâmica,
contudo, a água da chuva é absorvida pelos rejuntes e, para sair (por
evaporação) enfrenta uma espécie de "abafamento", evaporando, apenas (e
muito lentamente), pelos mesmos rejuntes de ingresso, já que as lousas são
estanques (literalmente impermeáveis) e predominam nas superfícies; não é
preciso ser um "expert" para concluir que a água, assim bloqueada, tenderá a
evaporar, com mais facilidade, pela face interna da parede, arruinando
armários ou pinturas e gerando colônias de fungos. E, aí , não é raro surgir
algum "especialista", que apontará a umidade urbana como única e exclusiva
"culpada" pelas proliferações de bolores, ácaros e pulgões, pelas rinites e
crises de asma, pelas alergias de pele, etc.
A colocação
Se, com
tudo isso, ainda permanecer, inabalado, o objetivo de "pastilhar" o edifício
, o condomínio deverá estar ciente de que, na colocação das lousas cerâmicas
- como se diz na gíria - " o bicho pega ". Na verdade, é preciso destacar,
aqui, alguns pontos de fundamental importância :
A) O revestimento
cerâmico deve possuir juntas especiais("NBR-13755"), também chamadas "de
movimentação" ou "de dessolidarização". Tais juntas devem ser abertas, no
corpo da parede, até o plano dos tijolos, formando painéis, de apropriadas
dimensões (segundo projeto específico ou catálogo do fabricante), capazes de
dissipar inevitáveis deformações mecânicas (cisalhamentos, expansão das
lousas por absorção de umidade, etc )que serão impostas à nova "pele dura"
das fachadas.
B) O revestimento original, caso não removido, deverá
ser previamente lavado e profundamente ranhurado, para correta ancoragem das
lousas.
C) A superfície deve ser umedecida - sem saturação - antes de
iniciada cada fase do novo revestimento (apesar de muitos considerarem
"desnecessário", é absurdo negar o caráter benéfico da medida; como
defendido, aliás, pelo renomado Prof.Engº Antônio Fiorito).
D) O
assentamento deverá ser efetuado com argamassa prefabricada, do tipo
"colante", para superfícies externas, observadas, com extremo rigor, as
instruções do fabricante (condições climáticas durante o trabalho,
quantidades de massa em função da velocidade de aplicação, formação de
película, ferramental próprio, tempos de cura, etc, etc ).
E) Os
rejuntes, entre as lousas, também devem ser prefabricados, de alta
adesividade e aditivados com polímeros, para que possam "trabalhar", em cada
painel formado pelas juntas, sem sofrer esmagamento.
F) Após completa
cura das argamassas (assentamentos e rejuntes), as superfícies devem ser
"hidrofugadas"; ou seja ; devem receber vedação ou impermeabilização
especial, incolor e penetrante, com preferência para produtos à base de
silano/siloxano. Cabe advertir, aqui, contra o uso - muito difundido no
mercado aconselhado por "palpiteiros" - de repelentes superficiais
siliconados, formadores de película, pois estes são fotossensíveis
(desagregam sob ação do sol)e podem gerar, no futuro, graves problemas para
as fachadas.
G) Finalmente, as "juntas de movimentação" devem ser
limpas, desengorduradas (sugere-se evitar "thinner" e usar metiletilcetona)
e vedadas com mástique de silicone, pigmentado, de elasticidade permanente.
O colocador
Alem das etapas, anteriormente descritas, devem ser
observados, na contratação do colocador - alem do prévio e adequado
aconselhamento por um advogado - os seguintes requisitos :
1) Firma
especializada, com fartas referências de clientes anteriores.
2)
Responsável técnico (CREA) integrando o contrato social da empresa.
3) Adequados equipamentos de proteção individual e de segurança.
4)
Comprovação de seguros(vida e danos), para empregados e terceiros.
5)
Transcrição, no corpo do contrato, de todas as especificações, tanto de
produtos como dos procedimentos técnicos anteriormente descritos.
A
decisão
Como se percebe, a opção pelo "pastilhamento" será como tocar
violino: com elevada maestria, nada mais suave e majestoso ; sem maestria
(mesmo "no capricho"), nada será mais inadequado e lamentável.